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- Rota Histórica das Linhas de Torres
- A Rota Histórica das Linhas de Torres (RHLT) é um projeto intermunicipal de seis municípios que aposta na salvaguarda, recuperação e valorização de parte significativa dos fortes das Linhas de Torres Vedras, apoiada numa rede intermunicipal de centros de interpretação.
As Linhas de Torres como defesa, foram inteiramente bem-sucedidas, mas abandonadas por quase 200 anos, até à apresentação do projeto da Rota Histórica das Linhas de Torres, o qual permitiu aos seis municípios onde se encontram implantadas a sua recuperação e valorização enquanto património histórico e produto turístico.
Foi assim que os municípios de Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Torres Vedras, Sobral e Vila Franca de Xira, constituíram um projeto integrado de salvaguarda e recuperaram mais de vinte fortes, criando percursos pela região onde se incluem os Centros de Interpretação.
Esta intervenção foi viabilizada pelo esforço intermunicipal que se cifrou em cerca de seis milhões de euros, sendo que cerca de dois milhões foram cofinanciados em 74,11% pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEGrants), contando com o acompanhamento técnico do IGESPAR (atual DGPC) e apoio do Exército Português.
O projeto implicou extensas pesquisas e investigações arqueológicas, remoção de vegetação e obras de restauro. A execução das intervenções decorreu entre 2007 e 2011. Em 2014 a 11 de abril, a RHLT constituiu-se numa associação de direito privado, designada de “Associação para o Desenvolvimento Turístico e Patrimonial das Linhas de Torres Vedras”.
Na sua constituição estiveram os representantes dos seis municípios fundadores que integravam a Plataforma Intermunicipal para as Linhas de Torres (PILT), dando lugar à nova Associação, sem fins lucrativos, que contempla nos seus Estatutos a possibilidade de integrar outras entidades públicas e privadas nacionais e internacionais. Esta integração começou a dar os primeiros passos no ano de 2019.
Com Sede no Centro de Interpretação das Linhas de Torres, no Sobral de Monte Agraço, a Associação tem como missão a defesa e valorização do património cultural, ambiental e histórico relacionado com as Linhas de Torres.
Em 2014, a RHLT venceu o prémio Europa Nostra (Prémio Europeu no domínio do património atribuído pela Comissão Europeia) na categoria “Conservação”. Neste mesmo ano, a Assembleia da República instituiu o dia 20 de outubro como o Dia Nacional das Linhas de Torres (DNLT).
Em 2019, o Estado Português, na sequência da candidatura que integrava 128 estruturas militares, como fortes e estradas militares, da 1ª e 2ª linhas defensivas, reconheceu que as Linhas de Torres Vedras são um elemento patrimonial incontornável para a identidade nacional, atribuindo-lhe a classificação como Monumento Nacional, entretanto publicada em Diário da República sob a forma do Decreto-Lei nº 10/2019, de 27 de março. Do conjunto das 128 estruturas da candidatura foram classificadas 114, tendo sido excluídas 14 por se encontrarem degradadas ou destruídas.
- Revista Invade